segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CASO IVAN SEITENFUS


Defesa de Sidnei e Geremias
nega a autoria do homicídio
 Carro que teria sido usado por um dos acusados também não tinha traços de sangue, revelou perícia.

A defesa de Sidnei dos Santos e Geremias Adriano Pereira, presos acusados de terem assassinado o eletricitário Ivan Seitenfus, em dezembro, manifestou ontem(3) a linha que deve adotar na tentativa de inocentá-los: negativa de autoria. Os advogados João e Danilo do Prado disseram que ambos negam qualquer participação no homicídio. Os suspeitos estão detidos preventivamente na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Videira há quase um mês.
O crime ainda é um mistério. A defesa argumenta que não existem provas da participação dos dois no crime e cita como exemplo o fato de o carro de Sidnei não revelar presença de sangue - já que teria sido nele que a vítima poderia ter sido morta ou transportada. Uma perícia com luminol – composto que reage à presença de sangue mesmo depois de o estofamento ter sido lavado – foi feita pela polícia e nada revelou.
Este fato e a suposta inexistência de provas contra Sidnei e Geremias anima a defesa. “Diante das novidades dos últimos dias, dos novos depoimentos e provas juntadas aos autos, é possível que este processo tome novos rumos”, destacam os advogados, preferindo não comentar quais seriam eles. “Nós apresentamos uma defesa consistente e rica em detalhes que ainda não vieram a público”, ratificam. Novas testemunhas devem ser arroladas.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, além de Sidnei e Geremias, a esposa da vítima, Sandra Lemes Farias Seitenfus, é apontada como co-autora do crime. Segundo a promotoria, que ofereceu denuncia com base na investigação policial, Sandra teria sido a mentora do crime. Ela queria, expõe o documento, receber um seguro de vida da vítima.

            O juiz Cláudio Fontes, da Vara Criminal da Comarca de Videira, deverá designar audiências nos próximos dias para ouvir testemunhas arroladas pela promotoria e defesa, já que a celeridade em processos da Comarca tem sido prioridade para o magistrado, especialmente por se tratarem de réus presos.

O CRIME - Ivan foi morto na noite do dia 14 de dezembro do ano passado. O seu corpo foi encontrado somente no dia seguinte, por volta das 7 horas, numa estrada de chão batido próximo ao Incubatório da Brasil Foods, que liga os bairros Vitória ao Amarante.
Em princípio, a esposa da vítima manteve-se em silêncio para, dias depois, revelar que conhecia a trama para matar Ivan, mas nada podia fazer porque, segundo ela, sofria ameaças constantes dos supostos assassinos.

FATOS TRANSITÓRIOS
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- Por serem contraditórias as versões de Sandra - que acusa Sidnei e Geremias - e estes negam a autoria, é que existem advogados diversos atuando na defesa dos três denunciados

- Outras pessoas podem ser denunciadas em breve, já que tiveram seus nomes revelados em depoimentos nos últimos dias

- O prazo de 10 dias para apresentação da defesa pelos advogados de Sidnei e Geremias, se encerrou na última segunda-feira(31), sendo juntada ao processo e que foram requeridas novas provas e novas testemunhas

- O veículo de propriedade de Sidnei, após realização de perícia através de composto químico luminol que reage a presença de sangue, não foi constatado nenhum vestígio de sangue segundo a perícia

- A defesa de Sandra Leme Faria Seitenfus tem 10 dias para oferecer tese. A mesma deverá ser entregue até o próxima segunda-feira, dia 7 , quando encerra este prazo
 



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