segunda-feira, 25 de abril de 2011

Investigação

PM de Taquara Verde está sendo acusado de balear homem sem motivos

“O caso aconteceu na manhã da última quinta-feira (21) em Taquara Verde. A vítima Luiz Fernando Galvão ainda está internado no Hospital Maicé”
Um policial militar de Taquara Verde está sendo acusado de balear um homem na manhã da última quinta-feira em Taquara Verde sem motivos. O fato aconteceu após uma abordagem de rotina, sendo que Galvão desacatou o cabo Anselmo Euclides de Oliveira Lima. O cabo pediu os documentos do caminhão que Galvão dirigia e ele disse que não iria mostrar os documentos por que o cabo Anselmo não era policial rodoviário e investiu violentamente contra o PM. Após os fatos foi aberto um inquérito para apurar os fatos.
A esposa de Galvão relatou que na manhã da última quinta-feira por volta das 10 horas, o seu marido retornava de viagem a trabalho trazendo sua filha de sete anos. Quando Galvão encostou o caminhão em frente à residência, foi abordado pelo cabo Anselmo, o qual tinha pendências particulares de uma transferência de uma motocicleta que estava no nome do cabo. A esposa de Galvão relatou que o cabo Anselmo já chegou ameaçando o mesmo.
Após a abordagem, o cabo Anselmo pediu os documentos do caminhão. Galvão disse que como o cabo Anselmo não era policial rodoviário não lhe mostraria os documentos. Neste momento Galvão pegou sua filha de sete anos para tirar do caminhão, e logo o cabo perguntou se era filha de Galvão. Ele respondeu que sim e de acordo com a mulher, o cabo logo empurrou Galvão e começaram a discutir. Neste momento várias pessoas pararam para ver o que estava acontecendo, inclusive os filhos do casal.
Ela relata que neste momento o policial colocou a mão na arma, e ela correu de pressa na frente do PM e pediu para ele não atirar e disse ainda que não teria motivos para aquilo. Os filhos então começaram a gritar desesperados para não matar o pai. A esposa de Galvão disse que implorou para o cabo Anselmo não atirar, e ele a empurrou com força.
Neste momento a mãe de Galvão desmaiou em frente à residência do filho e quando a esposa de Galvão olhou para sua sogra, ela ouviu um tiro. Ela olhou para a perna do marido dobrada e ele caído no chão. Ela conta que o policial olhou para Galvão ainda caindo e perguntou para o mesmo se agora estava bom ou queria mais um tiro.
A esposa de Galvão pediu para um tio dela que presenciou os fatos, para levar Galvão ao Hospital, pois estava sangrando muito, e ela correu para abraçar os filhos que estavam desesperados.
Galvão passou por um processo cirúrgico ainda no mesmo dia
A vítima Luiz Fernando Galvão devido aos ferimentos passou por um processo cirúrgico ainda no mesmo dia dos fatos que durou cerca de quatro horas. Quando ele deu entrada no hospital, os médicos disseram que Galvão corria um sério risco de perder a perna. Após a cirurgia os médicos voltaram atrás e disseram que Galvão não corria mais risco de perder a perna. Só deram aproximadamente oito meses para ele se recuperar.

Cabo Anselmo diz que foi uma abordagem de rotina
O cabo Anselmo em depoimento ao oficial da Polícia Militar que apura os fatos relatou que em momento algum fez a abordagem pensando na moto. A abordagem foi de rotina, como acontece constantemente. Ele relatou que após os fatos saiu do local por que começou a chegar muitos parentes de Galvão. Ele saiu do local e logo em seguida ligou para o Batalhão de Polícia Militar de Caçador para comunicar os oficiais do que havia acontecido.
O policial relatou que quando realizou a abordagem, pediu os documentos, Galvão o desacatou com várias palavras de baixo calão e disse que não iria entregar os documentos por que o cabo não era policial rodoviário.
Diante disso, o cabo Anselmo relatou que por Taquara Verde fazer parte do perímetro urbano esse era o trabalho dele. Nisso Galvão começou a trancar o caminhão e foi investir violentamente contra cabo Anselmo.
Galvão de imediato chegou e empurrou o cabo que deu um passo para trás. Eles começaram a discutir e Galvão mais uma vez foi investir contra o PM. Cabo Anselmo avisou Galvão para que não se aproximasse, pois iria atirar. Galvão não deu ouvidos e mais uma vez foi investir contra o policial. Nisso cabo Anselmo sacou da arma e deu disparo na perna esquerda de Galvão.

Uma testemunha confirma versão do policial
Após os fatos, o responsável pelo setor de Comunicação Social do 15º Batalhão de Polícia Militar de Caçador, Hugo Burin Koerich esteve no local. Ele arrolou algumas testemunhas além dos envolvidos, Uma testemunha que está sendo preservada confirmou a versão do cabo Anselmo.
A testemunha relatou que quando Galvão foi abordado, ele quis partir para briga. A testemunha relatou que o cabo Anselmo tentou conversar mais de nada adiantou. A testemunha disse ainda que o cabo Anselmo só atirou contra Galvão devido à diferença de porte físico, haja vista que Galvão é bem maior que o policial. A testemunha continua dizendo que antes do cabo atirar, ele ainda pediu para que Galvão não se aproximasse, pois iria atirar, sendo o que aconteceu.
Um inquérito policial já foi aberto para apurar os fatos
Um inquérito policial já foi aberto para apurar os fatos acontecidos no dia. O tenente Hugo após ouvir as testemunha, recolheu a arma do policial para avaliação. O cabo Anselmo foi liberado o restante do dia para que estivesse disponível para dar depoimentos.
O tenente relatou que Galvão irá responder a um termo circunstanciado por desacato a autoridade, haja vista que ele desacatou o policial e também tentou agredi-lo.
O inquérito terá 60 dias para ser apurado até a conclusão dos fatos. O inquérito foi aberto para averiguar se houve ou não abuso de autoridade no momento
A Polícia tem 60 dias para concluir o inquérito

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