quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os dois acusados de matar líder do grupo de jovens se apresentam à polícia


Os dois jovens acusados de matar Airton Luiz Vargas, 42 anos no último domingo (16) em Rio das Antas se apresentaram ontem na Delegacia Regional de Caçador. Elias Martins, 19 anos e Adelir Gonçalves de 18 prestaram depoimento durante quase toda a tarde de ontem acompanhados do advogado João do Prado de Videira. Após prestar depoimento os dois foram liberados devido ao fato de não caber mais o flagrante. O depoimento dos dois fechou exatamente com os relatos de algumas testemunhas que foram ouvidas. A possível prisão dos dois caberá ao juiz após o termino do inquérito policial.

Os dois jovens relataram que o motivo da briga foi por que Vargas havia sido nomeado como líder do Grupo da Mocidade da Igreja Assembléia de Deus em Rio das Antas. Em depoimento os jovens relataram que no grupo haviam entre 15 a 17 jovens, sendo apenas dois que aprovavam a nomeação da vítima para o cargo. Eles disseram que não aceitavam a nomeação da vítima para o cargo pelo fato de Vargas já ter assumido o cargo anteriormente e em pouco tempo ele abandonou a liderança.

De acordo com o policial civil Claudio Sanches que cuida do caso disse que não há necessidade de pedir a prisão preventiva dos dois acusados pelo fato deles não ter antecedentes criminais e estar trabalhando e ter residência fixa. Isso não significa que os dois não possam ser presos no decorrer do processo. De acordo com Sanches, os dois inicialmente responderão o crime de homicídio.

Em depoimento, os jovens relataram que na manhã de domingo eles participaram de um culto. Por volta das 14 horas os jovens fizeram uma reunião para fazer uma votação para ver quem estava a favor e quem estava contra Vargas, sendo a maioria contra. Dentre os jovens estava a filha da vítima que relatou a Vargas o que estava acontecendo.

Por volta das 18 horas teria mais um culto dos jovens. A casa de Martins ficava na mesma rua da casa de Vargas, nas proximidades da igreja. Elias estava indo para a igreja quando foi abordado por Vargas e entraram em vias de fato. Martins conseguiu escapar foi até a igreja, contou a Gonçalves o que estava acontecendo e decidiram ir até a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrências. Ao chegar na PM, como tinha apenas um soldado no dia, e ele estava atendendo outra ocorrência, os dois voltaram para a casa de Martins para trocar de roupa pois estava muito suado.

Após Martins trocar de roupa, ele pegou uma faca sem o conhecimento de Gonçalves e seguiram para a igreja. Ao passar pela casa de Vargas novamente, ele mais uma vez abordou os jovens e mais uma vez entraram em conflito. Os jovens relataram que Vargas estava enforcando Gonçalves, quando Martins chegou por trás, pegou a faca e lhe desferiu uma facada nas costas, onde atingiu o pulmão e o coração de Vargas, vindo a óbito logo em seguida.

Sanches explica que como os dois jovens se apresentaram por livre e espontânea vontade o pedido de prisão preventiva não foi necessário. O inquérito deve ser entregue ao Ministério Público até na próxima semana. A faca usada no crime era uma faca de fabricação artesanal de cabo de madeira e lamina de 30 centímetros,

Sanches conta que o depoimento dos jovens fechou exatamente com o relato de algumas testemunhas já ouvidas e ainda essa semana mais pessoas deverão ser intimadas para prestar depoimentos. Sanches disse que o advogado dos jovens entrou em contato com ele ainda na noite de segunda-feira garantindo que os jovens iriam se apresentar na terça-feira. Como o advogado queria fazer a apresentação dos jovens na noite de terça-feira, Sanches optou pelos jovens se apresentarem na tarde de ontem na Delegacia de Caçador.

Relembre o caso

Vargas foi morto com um golpe de faca pelas costas no inicio da noite do último domingo (16) em Rio das Antas. O motivo da briga seria a não aceitação da nomeação de Vargas a liderança do Grupo da Mocidade da Igreja da Assembléia de Deus de Rio das Antas. No dia do crime a Polícia Militar de Rio das Antas realizou buscas aos acusados, foram na residência de ambos os jovens e nos locais que possivelmente ele estariam, mas não conseguiram localizar ninguém.  

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